É do conhecimento de todos que existem muitas pessoas que, quer por necessidade ou mesmo por cara-de-pau insistem em dar o “Golpe do Seguro”, desde o mais simples aos mais pitorescos casos.
Para os “espertinhos de plantão” é interessante saber que desde o preenchimento da proposta até a perícia do sinistro tudo é investigado pela seguradora, por isso indicamos que os segurados informem corretamente todos os dados e não omitam nenhuma informação em caso de sinistro, pois a seguradora se reserva ao direito de recusar uma indenização caso seja comprovado algum tipo de fraude ou má fé.
Nesta semana, a revista Quatro Rodas publicou alguns dos casos mais bizarros de tentativa do famoso golpe, que foram revelados por alguns profissionais de seguradoras. Confira abaixo as loucuras que as pessoas cometem em busca de uma indenização do seguro.
O martelão de ouro
Na tentativa de causar um capotamento intencional, o dono de um BMW 330i lançou o carro barranco abaixo, o problema foi que o carro não capotou. Para solucionar esse problema, ele decidiu pegar uma marreta e destruir a lataria.
Os peritos, muito experientes, não tiveram dificuldade em descobrir a fraude, pois as marcas não eram compatíveis com a de um acidente e a carroceria estava sem nenhum arranhão.
O efeito borboleta
As seguradoras, já acostumadas com todo tipo de fraude, não poupam os seus recursos para solucionar um caso desses. Bater o veículo contra um poste, e dizer que havia sido um comum acidente de trânsito, foi a ideia que um dono de uma Mercedes classe C usado teve para conseguir uma indenização do seguro.
Os investigadores que suspeitaram do caso, encontraram um casulo de borboleta no sistema de escape durante a análise do veículo. A equipe da seguradora levou um especialista em insetos para ajudar a solucionar o caso, e, de acordo com o laudo do especialista o inseto ainda estava vivo, o que não seria possível caso ele tivesse sido submetido às altas temperaturas de um motor ligado.
Conclusão: O carro não estava rodando havia pelo menos uns dois meses.
O desconstrutor de Ferrari
De acordo com o artigo da Quatro Rodas “a característica número 1 de um golpista é a frieza e o autocontrole na hora de contar sua história”, mas o dono de uma rede de oficinas passou dos limites!
Já pensando em aplicar um golpe na seguradora, ele comprou uma Ferrari F430. Após alguns meses este cidadão desmontou todo o carro, vendeu as peças separadamente e informou à seguradora que o seu veículo havia sido furtado. Depois de receber toda a indenização ele comprou uma outra Ferrari igualzinha a anterior e repetiu todo o processo.
Sua fraude foi descoberta (pasmem) na quarta vez que ele tentava receber a indenização por sua Ferrari “roubada”.
Tinha uma pedra no meio do caminho
Como muitos devem saber, o seguro não cobre danos causados por negligência do segurado, pois é, mas o dono deste Chevrolet Classic nunca trocava o óleo até que o motor fundiu. Então ele aceitou a idéia de um amigo, de furar o cárter e dizer que havia passado em cima de uma pedra que estava na rua.
A mentira foi descoberta após algumas entrevistas com os vizinhos, que já suspeitavam do seu comportamento e, mesmo jurando ter feito as trocas de óleo o indivíduo não possuía nenhum dos comprovantes.
O funeral do Uno
A fama de “come-quieto” do pessoal de Minas Gerais foi conquistada por um dos clientes, segundo os peritos. O dono de uma Fiat Uno 2000 enterrou o seu carro no quintal e informou à seguradora que o veículo havia sido roubado.
Esse tipo de fraude é muito rara e muito difícil de ser descoberta, segundo os investigadores. Mas uma testemunha ocular fez uma denúncia anônima, isso e o fato das versões contadas à polícia e a seguradora terem sido controversas, fez com que o caso fosse solucionado.
Após escavarem todo o quintal, os investigadores encontraram o Uno, em perfeito estado, diga-se de passagem. O dono do veículo só confessou a fraude após o carro ter sido desenterrado.
Ácido, incêndio e mentiras
Ainda restavam 38 prestações a serem pagas pelo financiamento de um Volkswagem Gol 2000, e com dificuldade de vender o veículo, a sua dona teve a brilhante idéia de atear fogo no carro e acionar o seguro alegando um incêndio.
O problema foi que no meio do “incêndio” a mulher acabou sofrendo queimaduras nas pernas, e para que não levantasse suspeitas ela informou que um vândalo incendiou o carro e queimou as suas pernas com ácido quando foi tentar detê-lo.
Já que não possuía muitos conhecimentos sobre a ciência forense, a fraudadora não imaginava que um simples exame de corpo delito iria comprovar que as suas queimaduras não foram provocadas por ácido e sim por fogo.
Pego na curva
As fraudes de seguro de carro são tantas que já existe até um fraudador chamado “capotador profissional”. O seu trabalho se resume em assumir o volante e acidentar o carro, de verdade! Essa fraude é bastante usada em veículos importados adquiridos em leilões de carros que já foram sinistrados (batidos).
O local preferido para realizar essa manobra fica em uma curva na rodovia Régis Bittencourt (que liga São Paulo a Curitiba), onde se capota o veículo em uma determinada velocidade, previamente calculada para não ferir o condutor mas que seja suficiente para causar uma perda total.
O problema é o seguinte: Quando um carro se acidenta lá a seguradora já suspeita de um golpe.